Educação

Casa JOTA debate desafios para consolidar transformação digital na educação

Representantes de pré-candidatos à Presidência, parlamentares e especialistas discutirão tema nesta quinta-feira (9/6), às 9h30

Alternativas tecnológicas foram a saída para que professores continuassem ensinando e alunos aprendendo quando as escolas foram fechadas durante momentos mais críticos da pandemia de Covid-19. A transformação digital na educação, que caminhava a passos lentos, teve de ser acelerada para viabilizar o ensino à distância.

Nesta quinta-feira (9/6), às 9h30, a Casa JOTA promove o painel “Transformação digital na Educação: Desafios de Estado” e reúne parlamentares e especialistas para discutir o tema. O evento conta com o patrocínio da Microsoft. Acompanhe:

Entre os participantes do debate estão o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG); ex-ministro da Educação do governo de Michel Temer, Rossieli Soares, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF); e o deputado federal Israel Batista (PSB-DF).

Israel é, aliás, relator do Projeto de Lei 4513/2020, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A autora, deputada Ângela Amin (PP-SC), propôs que a norma passe a prever a universalização da inclusão digital. Na Câmara dos Deputados, o Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) formou um grupo de trabalho para discutir a transformação digital na educação.

A Microsoft, por sua vez, desenvolve ferramentas digitais para facilitar os processos de aprendizagem. Entre eles está o Teams que permite a comunicação entre docentes e discentes e transmissão das aulas. A plataforma foi usada por 25,8% das escolas estaduais como estratégia de aprendizagem em 2020.

Desigualdade no ensino privado e público

Apesar das mudanças, desigualdades e deficiências do sistema educacional foram agravadas com crise sanitária. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), as escolas no país ficaram fechadas, em média, por 279 dias. Dados do Censo Escolar referentes a 2021 demonstram que enquanto 50,4% das escolas particulares no país tinham computadores portáteis para os alunos, na rede pública estadual (ensino fundamental e médio), essa proporção era de 37,7%.

Com a retomada das aulas presenciais, 21,9% das escolas particulares seguiram com modelo híbrido de ensino. Já nas públicas, essa prática foi repetida em apenas 4% das escolas. As dificuldades de implementar o ensino remoto, ou mesmo híbrido, envolvem não só a adaptação dos conteúdos para o formato virtual, mas também de infraestrutura de conexão, acesso à tecnologia e equipamentos e gestão de recursos.

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