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Auxílio emergencial terá quarta parcela, diz Onyx Lorenzoni

Sobre a volta do futebol, ministro da Cidadania alegou que é importante para equilíbrio psicoemocional

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Onyx Lorenzoni / Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

O auxílio emergencial do governo federal para combater os efeitos da pandemia do novo coronavírus terá ao menos mais uma parcela, garante o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM-RS). “Estamos trabalhando na modelagem do que será a provável quarta parcela, para dizer o mínimo. Poderá ter uma quinta [parcela]”, revela. “Mas isso vai ser levado ao presidente provavelmente na próxima semana.”

Segundo Lorenzoni, os estudos estão em andamento para a definição sobre a nova parcela. “Vai haver, sim, no mínimo mais uma [parcela], mas estará na dependência do presidente”, afirma.

Em relação ao futuro, a ideia é colocar em prática mudanças no Bolsa Família. “Começamos a trabalhar em novembro do ano passado uma refocalização do Bolsa Família, para ter no Brasil um programa verdadeiramente de renda mínima”, afirma Lorenzoni.

Uma das ideias é fazer um programa que garanta volta imediata de direito ao benefício caso uma pessoa consiga um emprego e seja demitida. “Todo programa [Bolsa Família] foi construído de forma que a pessoa tem oportunidade de conseguir emprego com carteira assinada e não vai com medo de, em caso de problema, ter que voltar para a fila”, diz.

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Como há uma parcela representativa de brasileiros que trabalha na informalidade, existe a possibilidade de oferecer uma ajuda na forma de crédito. “A gente vem discutindo com o Banco Central e com o Ministério da Economia alternativas que eu vejo através do microcrédito”, diz o ministro. “O microcrédito pode ser a chave para dar condições para que essas famílias façam sua sustentabilidade, retornando a atividade econômica.”

Onyx Lorenzoni falou com o JOTA nesta quarta-feira (24/6) em webinar que faz parte da série que ouve desde o início da pandemia representantes dos três Poderes e especialistas, com análises sobre os impactos da crise na política e na economia.

Falando especificamente sobre o coronavírus, Lorenzoni diz ter enxergado uma politização desnecessária. “Não tenho nenhuma dúvida que com o passar do tempo houve uma neutralização da politização da Covid”, avalia.

Ao ser questionado se há falta de empatia do governo federal com as vítimas da Covid, respondeu: “Não consigo enxergar isso. O que eu consigo ver é que, por exemplo, alguns veículos no Brasil fizeram a escalada e a valorização da perda”.

Na sequência, falou que não faltou esforço para disponibilizar recursos. “O governo não economizou um centavo, em nada”, afirma. “Houve uma distribuição de recursos gigantesca para prefeituras, para estados, e inclusive uns aí já estão envolvidos com aquelas práticas que a gente sabe bem qual é, de corrupção e compra superfaturada. No governo federal não tem disso não.”

Volta do futebol

A Secretaria Especial do Esporte fica alocada no Ministério da Cidadania, por isso, um dos temas abordados no webinar foi a volta de disputas esportivas de alto rendimento, em especial o futebol.

Para o ministro Onyx Lorenzoni, os clubes brasileiros têm capacidade para atender a todos protocolos e exigências sanitárias.

“O futebol é um esporte que no Brasil tem uma relevância social muito grande, ele também faz parte desse equilíbrio psicoemocional que a sociedade tem que ter para enfrentar o que estamos enfrentando”, diz.

“A ministra Damares [Mulher, Família e Direitos Humanos] tem falado em nossas reuniões e ela conta que essa nossa longa permanência da nossa atuação artificial afetou muito duramente as famílias. Tem conflitos, tem agressões, tem abusos”, pondera.

Depois, voltou a falar sobre equilíbrio psicoemocional.  “Quando olho para o futebol, que tem recursos, que tem capacidade de financiamento, que pode comprar teste, que pode fazer o monitoramento de seus atletas e funcionários, ele trabalha como um importante espaço onde esse equilíbrio psicoemocional é favorecido”, afirma.

Webinars

A conversa com Onyx Lorenzoni faz parte da série de webinars diários que o JOTA está realizando para discutir os efeitos da pandemia na política, na economia e nas instituições. Todos os dias, tomadores de decisão e especialistas são convidados a refletir sobre algum aspecto da crise.

Entre os convidados, já participaram do webinar estão o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o apresentador e empresário Luciano Huck, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, o presidente do STF, Dias Toffoli, o ministro Gilmar Mendes, o ministro Luís Roberto Barroso, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), a presidente da CCJ do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Fausto Pinato (PP-SP), o economista e presidente do Insper, Marcos Lisboa; além de representantes de instituições como a Frente Nacional de Prefeitos, a Confederação Nacional das Indústrias e a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho.

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