
O vaivém das relações – nem sempre amigáveis – entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e como isso tem impacto direto no país é tema do quarto episódio do podcast “Paredes São de Vidro”. Nesta página, você pode se cadastrar para receber conteúdo extra sobre o tema preparado por nossa equipe.
A memorável troca de farpas entre Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes, em 2018, é simbólica para explicar como o Supremo superou grandes divergências para se unir contra o negacionismo e os ataques antidemocráticos liderados pelo presidente Jair Bolsonaro.
O bate-boca entrou para o imaginário nacional. Alguns são até capazes de recitar a fala de Barroso, especialmente a parte do “mal com atraso com pitadas de psicopatia”. Mas há uma parte do discurso – que foi improvisado de Barroso – que diz muito mais do Supremo do que seus primeiros versos.
Barroso dizia que era muito penoso para todos os colegas conviverem com Gilmar. Por quê? Porque alguns desconfiavam – a começar por Barroso – que Gilmar Mendes, dentro e fora do plenário, usava sua rede de contatos para criticá-los, miná-los. Diziam que o ministro tinha seus porta-vozes, constantemente alimentados.
A relação entre Gilmar e Barroso era tão ruim que um não tinha o telefone do outro. No entanto, o ataque do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) os uniu – o parlamentar foi preso após ter gravado e divulgado um vídeo de aproximadamente 19 minutos com ataques, xingamentos e acusações contra ministros do STF.
E essa união foi a marca do Supremo no enfrentamento da pandemia da Covid-19. Depois de anos de 6 a 5, o Supremo teria seu ano de 11 a 0.
Azar dos negacionistas: o Supremo estava junto com governadores e a ciência no combate à doença. Os detalhes dessa construção conjunta entre os ministros e a intrincada relação de Barroso e Gilmar estão neste episódio final da primeira temporada do “Paredes São de Vidro”, já disponível nas plataformas de áudio (Spotify, Apple e outros).
O podcast, com roteiro e apresentação de Felipe Recondo, cofundador do JOTA, conta como o Supremo foi alçado a uma posição de protagonista da História atual brasileira.
O “Paredes São de Vidro” conta ainda com a edição e roteiro de Eduardo Gomes e é patrocinado pelo Conselho Federal da OAB, pela Torre Comunicação e Estratégia e por Caputo Bastos e Fruet Advogados.