Mais um ano se passou e o JOTA completa 8 anos de vida. Tão pouco tempo, afinal ainda somos uma organização em estágio inicial, conscientes do quão pequenos ainda somos diante do desafio que nós nos colocamos – o de tornar as instituições brasileiras previsíveis para quem precisa delas para tomar decisões importantes. Por outro lado, também é tanto tempo, ao olhar para trás e perceber o quanto mudamos e como o mundo mudou.
De uma garagem (na verdade foi uma casinha no fundo do jardim) – para quase 100 pessoas, espalhados por todo o país. De 50 assinantes de nossas newsletters para mais de 500 mil. De zero clientes para mais de 700.
De um Brasil que vivia o ocaso dos anos de crescimento, campeões nacionais e eventos megalomaníacos, para um país que enfrenta uma crise política, econômica e social e está prestes a realizar a eleição mais conturbada de sua história. De um país com um dos melhores sistemas públicos de saúde do mundo, para um dos que pior enfrentou uma pandemia, que tirou quase 700 mil pessoas de nossos convívios.
Tanta mudança assim faz parecer que 8 anos são 80. Com algumas coisas que não podem mudar: seguimos com o foco total no nosso cliente e precisamos ser úteis para seguir ganhando espaço.
Mas a constante, de fato, é a transformação. E é por isso que o exercício de parar, em cada ciclo, é importante. Para que nossos acertos e erros não se percam no caminho e possam ser valorizados e usados como combustível para seguirmos em frente.
E, apesar da importância de falar sobre como entregamos valor a quem nos paga e o quanto crescemos por conta disso, eu gostaria de focar em algo interno.
Nesta mensagem de aniversário, quero falar sobre a importância das pessoas que vêm construindo o JOTA. Com a maturidade que chega com o tempo, vem também a clareza de que não existe outro caminho para gerar valor a não ser montar o time certo, com as prioridades corretas e o foco e a disciplina alinhados com nossa missão e nosso propósito.
Não adianta nada ter uma super ideia ou uma genialidade individual sem um time que leve isso para frente. Se queremos jogar esse jogo de gerar valor por muitos e muitos anos e transformar, a partir do jornalismo e da tecnologia, a maneira como as pessoas se relacionam com o Estado, a gente precisa ter as pessoas sempre conscientes do papel que elas desempenham e como o trabalho delas faz a diferença para o todo.
Mas falar é muito mais fácil do que colocar isso em prática. O fato é que construir um time e uma organização que verdadeiramente geram impacto é uma atividade que se constrói de forma incremental. Entendendo os desafios presentes, compreendendo as mudanças e adaptando constantemente para não ficarmos para trás.
E para isso, é claro, precisamos de pessoas com características específicas: capacidade de aprender, se ajustar ao mundo em transformação, trabalhar de maneira colaborativa, etc, etc. Para que isso aconteça, é o JOTA que precisa fornecer o ambiente certo para que essa cultura e essas dinâmicas possam florescer.
Para que cada um de nós possa ser a nossa melhor versão possível, todos os dias, o JOTA precisa cuidar bem de quem escolhemos e de quem escolheu estar aqui. Só conseguiremos satisfazer nossos leitores, clientes e parceiros com Joters felizes, realizados, conscientes do valor que geram individualmente e com clareza do nosso propósito organizacional.
Por isso, de maneira muito resumida, acreditamos na construção de uma organização com três características específicas:
Segurança psicológica – Todos e todas precisam ousar, se expor, serem vulneráveis e não ter medo de errar para construir algo relevante.
Transparência – Todos e todas precisam saber o que o JOTA faz e como estamos indo.
Clareza – Todos e todas precisam compreender qual papel exercem e as expectativas presentes e futuras.
Dividir esses pensamentos publicamente, no nosso oitavo aniversário, é um compromisso público nosso de nunca descuidar do nosso time e sempre buscar melhorar – sabemos que podemos ser melhores sempre. Também é uma maneira de deixar registrado que a construção de uma cultura forte é prioridade para o JOTA.
E quase como um presente de aniversário, recebemos, no início deste mês, o prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar (LIPT), uma iniciativa da Fundação Instituto de Administração (FIA) e do UOL, para reconhecer as empresas brasileiras que proporcionam ambientes saudáveis, agradáveis e produtivos para seus colaboradores. Uma satisfação, menos pelo reconhecimento em si, e mais pela certeza de que estamos no caminho certo.
Caminho que vai nos permitir, ano após ano, escrever essa carta de aniversário, que chegará à sua décima, vigésima, quinquagésima ou centésima edição! Num mundo completamente diferente, mas com uma certeza: serão pessoas que acreditam na missão do JOTA e que possuem todas as condições para acreditarem em si mesmas, que seguirão fazendo o JOTA crescer e existir.
